quinta-feira, 25 de novembro de 2010

De volta a Sanga da Madeira


Com certeza a grande maioria dos leitores desconhece o sujeito principal desta coluna. Mas isso se torna um fato natural, principalmente aos nascidos em 1967, quando foi iniciado o processo de criação do canal da barrinha para substituí-la. O motivo da substituição são os mesmos que continuam sendo realizados hoje em toda a região, por agricultores e pecuaristas com o apoio dos órgãos públicos. “Secar os banhados”. Enxugar os terrenos para o aproveitamento das terras para o cultivo.

Os resultados desse método de produção, todos de bom senso já conhecem, uma contínua degradação ambiental, que vai acabar destruindo todo o ecossistema lagunar do extremo sul catarinense.

Voltando a Sanga da Madeira, ela ressurge como uma alternativa amplamente viável para a recuperação da lâmina de água da Lagoa do Sombrio. Existe uma corrente que está defendendo a volta da Sanga da Madeira como única ligação da lagoa com o Rio Mampituba. É obvio que ao contrário do que foi feito no passado, vai precisar ser feito um estudo de impacto ambiental, uma vez que muita coisa foi alterada desde a sua desativação até os dias atuais. Mas a idéia que passa a ser incorporada pela Associação de Proteção Ambiental Aguapé tem procedência lógica. Se no passado havia sustentabilidade com essa ligação natural, porque não haveria hoje?

Se no passado havia uma via navegável de Sombrio a Torres, através da Lagoa do Sombrio, Sanga da Madeira e Rio Mampituba, isso seria novamente possível com a restauração da referida sanga, uma vez que a lagoa voltaria a ganhar aumento natural da lâmina de água, além de recuperar um pouco da sua biodiversidade perdida.

Seria interessante se os prefeitos da região abrissem um diálogo sobre esse tema e desde já assumissem o compromisso da realização de um estudo de impacto ambiental para avaliar a possibilidade de tal projeto para ser realizado pelo Consórcio Intermunicipal.

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