sábado, 20 de agosto de 2011

Mutações em um Ecossistema

A flexibilidade de um ecossistema é uma conseqüência de seus múltiplos laços de realimentação, que tendem a levar o sistema de volta ao equilíbrio sempre que houver um desvio com relação à norma, devido a condições ambientais mutáveis. Por exemplo, se um verão inusitadamente quente resultar num aumento de crescimento de algas num lago, algumas espécies de peixes que se alimentam dessas algas podem prosperar e se proliferar mais, de modo que seu número aumente e eles comecem a exaurir a população das algas. Quando sua principal fonte de alimentos for reduzida, os peixes começarão a desaparecer. Com a queda da população dos peixes, as algas se recuperarão e voltarão a se expandir. Desse modo, a perturbação original gera uma flutuação em torno de realimentação, o qual finalmente, levará o sistema peixes/algas de volta ao equilíbrio.
Perturbações desse tipo acontecem durante o tempo todo, pois coisas no meio ambiente mudam durante o tempo todo, e, desse modo, o efeito resultante é a transformação contínua. Todas as variáveis que podemos observar num ecossistema – densidade populacional, disponibilidade de nutrientes, padrões meteorológicos, e assim por diante – sempre flutuam. É dessa maneira que o ecossistema se mantém num estado flexível, pronto para se adaptar a condições mutáveis. A teia da vida é uma rede flexível e sempre flutuante. Quanto mais variáveis forem mantidas flutuando, mais dinâmico será o sistema, maior será a sua flexibilidade e maior será sua capacidade de se adaptar a condições mutáveis.
Todas as flutuações ecológicas ocorrem entre limites de tolerância. Há sempre o perigo de que todo o sistema entre em colapso quando uma flutuação ultrapassar esses limites e o sistema não consiga mais compensá-la. O mesmo é verdadeiro para as comunidades humanas. A falta de flexibilidade se manifesta como tensão. Em particular, haverá tensão quando uma ou mais variáveis do sistema forem empurradas até seus valores extremos, o que induzirá a uma rigidez intensificada em todo o sistema. A tensão temporária é um aspecto essencial da vida, mas a tensão prolongada é nociva e destrutiva para o sistema.  
Essas considerações levam a importante compreensão de que administrar um sistema social – uma empresa, uma cidade ou uma economia significa encontrar os valores ideais para as variáveis do sistema. Se tentarmos maximizar qualquer variável isolada em vez de otimizá-la, isso levará, invariavelmente a destruição do sistema como um todo.
Uma compreensão se faz necessária para entendermos que o ecossistema do complexo lagunar da Lagoa do Sombrio, encontra-se em processo de deteriorização devido aos processos antrópicos pela falta do conhecimento da sua importância como valor potencial para manter o equilíbrio de todo o sistema de vida do extremo sul catarinense.
Fonte de pesquisa: Capra, Fritjof – The Web Of Life

domingo, 17 de julho de 2011

Condutas paliativas


Se quisermos mudar alguma coisa na sociedade precisamos ser perseverantes.  Pois muito se anuncia e pouco se realiza por falta de continuidade no processo a qual endereçamos nosso objetivo. Parece moda divulgar uma atividade que tem como objetivo, por exemplo, uma campanha de conscientização da população, principalmente quando esse algo é de interesse comum. Há quem acredite que a realização de uma atividade paliativa como um pedágio com panfletagem seja o bastante para que alguém de uma hora para outra mude de atitude ou comportamento. Como propaganda para uma instituição que precisa se apresentar na ativa, até que pode dar certo temporariamente, mas para a continuidade de um trabalho para a qual ela se propõe o resultado é quase ou de todo nulo.
                Mas por que falo disso, amigo, amiga, leitora? É que tenho visto muitas campanhas envolvendo crianças, principalmente aproveitando um tema que está em voga, que é a da conscientização ambiental, para saírem em determinado local coletando o lixo jogado nas ruas  que os adultos mal educados atiram sem qualquer culpa. Seria muito mais produtivo se ao invés de se juntar o lixo, esses educadores conduzissem as crianças até as residências, comércio, indústrias e prestadores de serviço, para mostrar como estes fazem a destinação do lixo que produzem. Conversar com os proprietários para que estes colaborem como verdadeiros cidadãos e deixem de colocar o lixo na rua ou em terrenos baldios; que procurem a prefeitura para orientarem-se sobre como proceder para dar a destinação correta para o seu lixo produzido.
No entanto uma campanha neste sentido não pode ser de apenas um dia, pois conseqüentemente cairá logo, logo, no esquecimento e tudo voltará a situação anterior; mas precisa ter regular periodicidade, lembrando do ditado popular que água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.
Outro ponto importante é a implantação de um programa de coleta seletiva do lixo. Não adianta iniciar um projeto neste sentido, sem que haja um planejamento bem elaborado. É preciso ter um programa bem detalhado e uma infra-estrutura exclusiva para o projeto, pois do contrário não dará certo. Tudo que começa mal termina pior, além é obvio de se colher os resultados do descrédito e com justa razão pela população.
Todo e qualquer programa/projeto precisa existir garantias concretas em sua base organizacional de funcionalidade, principalmente no que tange a sua operacionalidade. Pois do contrário está fadado ao fracasso.

E-mail: aguapé.apa@gmail.com

domingo, 10 de julho de 2011

Responsabilidade ambiental

Com certeza o amigo ou a amiga leitora irá comentar: “eu já li sobre esse assunto nesta coluna”. Não deixará de ter certa razão, mas se recorrer às colunas anteriores verificará que estamos tratando do assunto com uma visão de um outro ângulo para relembrar a importância significativa que esse tema tem para a consciência para se buscar o equilíbrio ambiental.
A demarcação das áreas de proteção permanente e a sua proteção para que a vegetação nativa possa se recuperar, não é tanto mais importante do que a mudança de atitude que precisamos realizar em relação à natureza. Contudo, uma vez que quase todas essas áreas estão ocupadas por pastagens, culturas agrícolas e sob a pressão imobiliária, principalmente nas áreas urbanas, são urgentes uma tomada de ação legal para se fazer cumprir um direito que é coletivo e está muito acima da exploração e a ocupação ilegal das Áreas de Proteção Permanentes pelo interesse econômico individual.
Mas de quem é a responsabilidade de tomar tais providências e fazer com que se cumpra o que determina as leis?
Observa-se, no entanto, uma contradição. Os órgãos que tem por obrigação a fiscalização do cumprimento, como dever constitucional ou mesmo das legislações reguladoras, parecem estar sempre esperando serem provocados pelas organizações não governamentais para agir, caso contrário nada acontece. Isso se apresenta com uma sensação de que não atuam para evitar assumir os desgastes políticos ou então, não lidar com as pressões destes, nos casos onde a influencia política ou econômica pode atrapalhar a ascensão em posição de cargos públicos. Mas queremos não crer nessa hipótese, considerando o pouco ou quase nada de investimentos para estruturar esses órgãos com pessoal e meio material para que não exista a possibilidade de tais justificativas.
Apesar disso é nosso dever como cidadão colaborar para que se faça respeitar aquilo que é de direito de todos. Isso é uma obrigação ética e também moral, pois quem toma conhecimento das irregularidades degradantes do meio ambiente e se omite perde o direito de reivindicar para si e para os seus uma vida com qualidade e dignidade.

domingo, 3 de julho de 2011

Esperança: Que nunca te cales!

casa de campo/cabana/chalé Jarinu - quintal
Acredito que todos os pais e mães conscientes da importância da manutenção da Natureza como meio necessário para continuarmos vivendo, queiram deixar aos filhos e netos, uma sociedade mais justa e ambientalmente equilibrada. Penso que se assim não fosse não seriam eles bons pais e mães. Contudo, percebo o quanto são poucos esses pais e mães, pois a maioria deles são péssimos exemplos não só para os seus, mas para toda a comunidade de que fazem parte. Suas atitudes cotidianas perante a Natureza envergonham a todos aqueles que querem e buscam uma melhor qualidade de vida para a comunidade, o bairro e a cidade onde vivem.

            Nossas cidades, pela mesma falta de percepção de nossos governantes, também carecem de praças arborizadas para purificar o ar e diminuir o elevado calor do verão, além é claro, da produção do oxigênio para que possamos respirar e viver. Outro ponto relevante, como dizia meu pai, os arvoredos servem como “quebra vento”. Não era em vão, que nos tempos idos, todas as casas eram cercadas por um “arvoredo” basicamente constituído por árvores frutíferas, como a laranjeira, bergamoteiras, ameixeiras, goiabeiras dentre muitas outras espécies que além de produzir as frutas serviam como barreira natural contra os vendavais.

            Hoje, passamos principalmente no interior e observamos casas construídas em meio do nada. O nada que falo aqui é porque no entorno, bem próximo às residências estão às roças. Os arvoredos saíram de moda. Ocupavam lugar que hoje, podem ser produtivos. Quem quer consumir frutas, até mesmo, laranjas, e bergamotas, procuram-nas nos mercados, a final não precisamos mais ir até os pés para apanhá-las. Sê se colocam agrotóxicos naquelas as quais compramos nos mercados, não sabemos, mas isso também pouco importa, não é mesmo?

            Mas quando os vendavais tomam formas assustadoras e chicoteiam as já frágeis residências as pessoas ficam confusas e o pavor toma conta. As rezas são feitas para quase todos os santos e deuses segundo as suas confissões religiosas. Acreditam, ou devem acreditar que os eventos climáticos devem ser coisas do demônio, pois pedem em suas orações ardentes que os livrem do desastre eminente. Contudo se esquecem de que os eventos climáticos também fazem parte da vida sobre a Terra e que periodicamente cedo ou tarde tornarão a repetir-se com maior ou menor intensidade.

            Não existe efeito sem causa. Ninguém pode colher o que não plantou. Se semearmos coisas boas, havemos de colher os frutos do que semeamos. Qual pai que pedindo o filho um pedaço de pão para matar a fome lhe dê uma pedra? Mas o homem precisa compreender de vez que ele jamais poderá derrogar as leis da Natureza, que são as de Deus. Não o meu ou o seu deus, mas o verdadeiro, aquele que sempre existiu e que segundo os cientistas originou esse universo de milhares de galáxias através de um simples sopro a qual chamamos de “Big Bang”.

            Cuidar da Natureza, principalmente recuperá-la da destruição que nossos antepassados causaram inocentemente acreditando que era necessário destruir todas as matas para progredir, danificar ou usar erroneamente os cursos de água; dominar a Natureza. Foi um engano. Agora conscientes disso, somos os responsáveis pela recuperação do meio ambiente para fazermos da Terra um verdadeiro Éden. Tudo que precisamos fazer é acreditar e agir e nós podemos fazer isso. Deus nos deu inteligência para isso, basta agir para corrigirmos o nosso destino.

domingo, 19 de junho de 2011

Mudança ou Evolução?


Em relatório divulgado no mês de abril de 2009 pela organização humanitária Oxfam, preveniu que o número de vítimas de desastres naturais provocados pelas mudanças climáticas deverá aumentar em 54% nos próximos seis anos. Em números absolutos, a quantidade de pessoas que poderão ser atingidas por inundações, secas e tempestade pode chegar a 375 milhões. Os relatórios apresentados no Painel Intergoverfnamental de Mudanças Climáticas da ONU, confirmam o risco de vivermos em um planeta cada vez mais difícil de viver, devido a crescente hostilidade do clima. É provável que todo esse conjunto de mudança na atmosfera terrestre, apareça uma nova categoria de refugiados: os refugiados ambientais.

Segundo Lester Brown em seu livro Eco-economia, fundador do Worldwtch Institute, comenta que:
“... uma das maiores resseguradora do mundo, a Munich Re, divulgou que ocorreram três vezes mais catástrofes naturais durante os anos de 1990 do que nos anos de 1960. Perdas econômicas aumentaram oito vezes. Prejuízos cobertos por seguros multiplicaram-se em 15 vezes. Considerando a classificação da Munich Re não distinga entre catástrofes causadas pela Natureza e pela ação humana, a maior parte do aumento parece ser divido a catástrofes (incluindo tempestades, secas e incêndios florestais) agravadas ou causadas por atividades humanas.”

Não há mais como refutar o que hoje já é realidade. Embora, por falta de informação, a grande massa, aceita as cegas às regras impostas pelo modelo econômico, que na verdade é injusto, pois se por um lado concentra nas mãos de poucos todo o capital o que os faz viver com maior segurança, por outro lado democratizam com a grande massa de empobrecidos todos os prejuízos advindos das catástrofes, conseqüentes das ações de todos.
Continuar a luta para desenvolver, ainda que tardia, uma sociedade sustentável, é dever de todos que almejam um mundo melhor para seus descendentes. Plantar árvores nada mais é do que manter o pulmão do mundo funcionando para que possamos continuar respirando; recuperar e proteger as nascentes, rio, lagos e lagoas, é manter saudáveis as artérias que irrigam e possibilitam a continuidade da vida sobre a Terra, para que não pereçamos cedentos ou mesmo envenenados pelos produtos químicos amplamente utilizados em atividades produtivas no campo e nas cidades.

Nosso Planeta Terra está entrando em um novo ciclo evolutivo, isso é inegável. Não haverá milagre que poderá evitar esse processo desencadeado por nossas próprias mãos, pois as Leis de Deus são imutáveis. Logo seremos nós que devemos nos adequar a ela. Se em relação à Natureza trilhamos caminhos tortuosos, preciso é, que volvemos ao caminho estabelecido pelas leis da Natureza, que nada mais são do que as de Deus, afinal, foi Ele quem as criou.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Momento onde me encontro com Deus

Mas onde estão todos? A praia está vazia! Teus olhos possam não ver, mas muitos passeiam pela praia e contemplam momentos impares para os olhos do coração. Deus eternamente justo e bom criou todas as coisas para a perfeição. A natureza é exemplo disso. Mas e o demônio não foi ele quem o criou para tentar o homem? Não creais que um ser tão Supremo e perfeito como nosso Pai, houvesse de pensar tão mesquinho como homens imperfeitos que ainda se arrastam sobre a Terra em busca de Luz. Todo o mal habita em nossa ignorância, pois ainda há muito o que caminhar para valorizarmos as coisas mais simples que para toda a criação são as mais importantes para a evolução de todo o ser vivente.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Recuperando o Meio Ambiente da Lagoa do Sombrio

Considerando os enormes estragos causados a Natureza de nossa região em todos os tempos em que o homem civilizado colocou os pés pela primeira vez por aqui, com certeza a recuperação de 2,5 hectares de área degradada seja insignificante diante de todo o prejuízo. Contudo é um sinal de que podemos reverter esse processo insano de exploração desordenada dos recursos naturais de nossa região. A aplicação da lei infelizmente será um remédio muito amargo para os infratores de cometimentos de crimes ambientais, mas, diante da resistência e até da insistência de se continuar desrespeitando os ditames das leis que regulam o uso e protegem a Natureza, será uma ferramenta muito necessária para reduzir as ações criminosas.
O Termo de Ajustamento de Conduta, (TAC) feito pelo Ministério Público de Santa Rosa do Sul, do qual parabenizo neste espaço o competentíssimo Dr. Marcio Gai Veiga, promotor daquela Comarca e curador do meio ambiente, pela brilhante condução no fazer cumprir a lei cessando o início de um empreendimento, as margens Leste da rodovia BR-101, trevo de acesso a São João do Sul, que já em suas bases agrediu gravemente a Área de Proteção Permanente (APP) da Lagoa do Sombrio, uma vez que até a prática de mineração para a extração de areia havia sido utilizada. Local que se transformou em um lago artificial totalmente dentro da APP. Sem considerar que tal empreendimento pretendia implantar ali um posto de combustível, tipo de comércio inadmissível, em locais adjacentes a APPs, devido a sua alta produção de poluentes.
Os órgãos de fiscalização e de licenciamento são mais responsáveis até, do que mesmo o próprio proprietário, uma vez que eles deveriam, de ante mão, não conceder o licenciamento de um empreendimento dentro de uma APP. O que de fato aconteceu para a concessão da licença? Alguém deveria responder por isso e explicar melhor para se evitar o total descrédito de tal órgão que tem por obrigação constitucional, proteger o meio ambiente.
Resumindo, o TAC obriga o proprietário em recuperar os 2,5 hectares degradados, desfazer o lago artificial, retirar as estruturas de pré-moldados lá instalados e cercar a área e colocar uma placa com informações sobre a APP e a Lagoa do Sombrio. Tudo isso deverá obrigatoriamente estar pronto até fevereiro de 2012. Diante do compromisso de nada construir no local por 20 anos, o proprietário resolveu de uma forma inteligente doar a área a ASSOCIAÇÃO DE PROTEÇÃO AMBIENTAL AGUAPÉ, a qual receberá a posse definitiva da área depois de recuperada.
Para efeito de informar corretamente. É bom lembrar que essa área sempre será APP. Não importa o tempo decorrido. Ou seja, não significa que após 20 anos seja possível construir um empreendimento naquele local. A Aguapé pretende utilizar o local para visitação para Educação Ambiental.
Quem está ocupando áreas de APP é bom que cessem qualquer atividade; que procure se assessorar com órgãos ambientais para saber o que e até onde pode utilizar suas terras. Para que não venha a ter que responder pelo cometimento de crime ambiental.


Seja sócio da Associação de Proteção Ambiental Aguapé. A Natureza precisa de pessoas como você, para ajudar a melhorar o nosso meio ambiente e conseqüentemente ter qualidade de vida para todos.
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sábado, 19 de fevereiro de 2011

A importância da arborização

São indiscutíveis os benefícios que as árvores proporcionam para a qualidade de vida na cidade. Além de embelezar o ambiente elas tem papel fundamental reduzindo diversos tipos de poluição, tais como poluição do ar, da água, do solo, visual e sonora. Elas absorvem o gás carbônico gerado por pessoas, fábricas, lixo, automóveis, etc. e nos devolvem o oxigênio, tão essencial à vida.
Suas copas densas funcionam como barreiras contra ruídos, ventos, água e luz, e servem de refúgio em dias de sol escaldante ou chuvosos.
Elas ainda oferecem abrigo e alimento às aves, que são importantes aliadas no controle de insetos vetores de doenças nas cidades. Uma cidade bem arborizada tem um clima melhor de se viver, é mais agradável, aprazível e saudável de várias formas.
No entanto, apesar de todas estas qualidades, as árvores são deixadas em segundo plano, com a desculpa de que irão destruir calçadas, calhas, muros, encanamentos, fiações elétricas ou então provocarão sujeira nas ruas e até mesmo acidentes com a queda dos frutos e galhos. Em geral os problemas relacionados com árvores e seus “pontos negativos” estão intimamente ligados ao mau manejo, escolha de espécies inadequadas e plantio em locais impróprios. Todas estas dificuldades podem ser facilmente evitadas com um bom planejamento urbano.
Todas as cidades devem ter um plano de arborização, para ser utilizado pelos funcionários e empresas terceirizadas envolvidos diretamente no plantio e manejo de árvores e uma cartilha de ampla distribuição, para que os moradores saibam quais as diretrizes do plano e respeitem as leis ambientais envolvidas.
Essa deficiência já nasce no planejamento do parcelamento do solo, onde não se prevê na urbanização, principalmente junto às calçadas e logradouros, os locais destinados a arborização. É desse resultado de mau planejamento que surgem ruas feias, sem árvores e flores; ruas que no verão tornam-se insuportáveis pela ação direta do sol aos pedestres, devido à falta de sombras. Os motoristas procuram em vão locais sombreados para estacionar seus veículos que, mas parecem fornos minutos depois de fechados ao estacionar nestas ruas.
Para piorar essa situação a maioria das ruas que são “revitalizadas”, ou seja, que são asfaltadas, não tem um projeto urbanístico, visando à arborização e o ajardinamento, apenas existe a preocupação da pavimentação, o que aumenta a temperatura ambiente e proporciona maior velocidade do deslocamento das águas, quando das enxurradas, pela impermeabilização total do solo, o que contribui para as inundações.
É ora de mudar este comportamento e investir em qualidade de vida. Queremos nossas cidades bem arborizadas e com vida. Isso é um direito de todos!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Algumas palavras.

Toda cidadania é vazia, se o homem não estiver constantemente na busca da evolução do ser coletivo da sociedade. Contudo faz-se mister lembrar que tal evolução não poderá ocorrer sem a harmonia com o meio em que vive. O homem integral é o cidadão que defende os princípios da evolução com justiça social e com respeito ao meio ambiente em que vive. Não basta considerar a preservação como algo pronto. É preciso ir além e enfrentar a recuperação daquilo que se encontra em desarmonia com o meio para que todos possam desfrutar de qualidade de vida.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Mudança de comportamento social.

Trabalhar a Vida em todo o seu contexto e não somente em algumas peculiaridades é o único caminho para que tenhamos as mãos limpas na formatação de uma sociedade futura mais justa e igualitária.


Não há como trabalhar a proteção de nossas Crianças para que se tornem  Cidadão com respeito e dignidade se não trabalhamos também a Família.


Muitos governantes tentam criar fórmulas para resolver os problemas da Criança e do Adolescente em nossa sociedade. Os modelos serão todos inócuos se não incluir nesse processo a Família, base de convívio do ser em desenvolvimento junto aos seus genitores. Tratar a criança separadamente é apenas querer mascarar o problema ou então usar esses programas como simples propaganda política. Não adianta deixar a criança dois períodos na escola ou exercer outra atividade extra classe, se quando ela chega em casa, sua realidade de vida, encontra um ambiente totalmente contrário ao conto de fada que lhe mostraram na escola.

As dificuldades domésticas enfrentadas pelos dissabores do dia-a-dia de seus familiares, pela pobreza, falta de cultura, de apoio sócio-econômico e o abandono social em que se encontram, escamba em muitos casos para a violência verbal e física.

O desencontro entre o aprendido na escola e o vivenciado no seio da família, gera um conflito psicológico onde o medo prevalece e o aprendizado se torna difícil e ineficaz.

A irresponsabilidade dos genitores, fomentada pela baixa estima de uma vida de pobreza material e cultural, estimulada pela imoralidade dos governos levam o jovem adolescente à não crer mais nas possibilidades de um futuro promissor, pendendo para a marginalidade e a violência.

A construção de um projeto social que ataque estas questões sociais com eficácia, só terá efeito se for elaborado num conjunto de ações com previsão de resultados a curto, médio e longo prazo, independentemente de troca de governo. Tais ações obrigatoriamente terão que ser formatadas em serviços, programas, projetos e benefícios onde o atendimento ao grupo familiar em situação de vulnerabilidade social possa ser trabalhado para a recuperação de vínculos sociais com participação em projetos coletivos.

Uma vez que o objetivo é promover a recuperação da estrutura familiar, faz-se necessário atacar as causas desde sua origem. Não basta introduzir a criança na escola, garantir à alimentação e habitação a família é preciso estabelecer um elo de comprometimento entre o governo à comunidade local e a família atendida. Este tripé vai propiciar a inclusão da família com uma participação mais efetiva na vida social.

Cada comunidade deve, em parceria com a assistência social, resolver seus próprios problemas. É preciso fazer com que a comunidade se sinta uma grande família e que tenha força e amparo do governo para agir. Evitar o aglomerado de famílias carentes em um mesmo local para se impedir a amplificação de problemas vai facilitar a inclusão dessa família no seio da comunidade.

A aplicação da instrução, acompanhamento e a busca conjunta de solução para o problema não podem ficar somente na responsabilidade de uma parte. O descumprimento dos requisitos legais deverá ser aplicado a consoante Medida sócio-educativa de Prestação de Serviços à Comunidade como forma a obrigar o faltoso ao cumprimento dos compromissos sociais assumidos. Na hipótese de serem os genitores os agentes são necessários todo um acompanhamento psico-social com instruções programáticas para fazê-los entender de suas responsabilidades perante a família a comunidade e a sociedade onde vivem.