São indiscutíveis os benefícios que as árvores proporcionam para a qualidade de vida na cidade. Além de embelezar o ambiente elas tem papel fundamental reduzindo diversos tipos de poluição, tais como poluição do ar, da água, do solo, visual e sonora. Elas absorvem o gás carbônico gerado por pessoas, fábricas, lixo, automóveis, etc. e nos devolvem o oxigênio, tão essencial à vida.
Suas copas densas funcionam como barreiras contra ruídos, ventos, água e luz, e servem de refúgio em dias de sol escaldante ou chuvosos.
Elas ainda oferecem abrigo e alimento às aves, que são importantes aliadas no controle de insetos vetores de doenças nas cidades. Uma cidade bem arborizada tem um clima melhor de se viver, é mais agradável, aprazível e saudável de várias formas.
No entanto, apesar de todas estas qualidades, as árvores são deixadas em segundo plano, com a desculpa de que irão destruir calçadas, calhas, muros, encanamentos, fiações elétricas ou então provocarão sujeira nas ruas e até mesmo acidentes com a queda dos frutos e galhos. Em geral os problemas relacionados com árvores e seus “pontos negativos” estão intimamente ligados ao mau manejo, escolha de espécies inadequadas e plantio em locais impróprios. Todas estas dificuldades podem ser facilmente evitadas com um bom planejamento urbano.
Todas as cidades devem ter um plano de arborização, para ser utilizado pelos funcionários e empresas terceirizadas envolvidos diretamente no plantio e manejo de árvores e uma cartilha de ampla distribuição, para que os moradores saibam quais as diretrizes do plano e respeitem as leis ambientais envolvidas.
Essa deficiência já nasce no planejamento do parcelamento do solo, onde não se prevê na urbanização, principalmente junto às calçadas e logradouros, os locais destinados a arborização. É desse resultado de mau planejamento que surgem ruas feias, sem árvores e flores; ruas que no verão tornam-se insuportáveis pela ação direta do sol aos pedestres, devido à falta de sombras. Os motoristas procuram em vão locais sombreados para estacionar seus veículos que, mas parecem fornos minutos depois de fechados ao estacionar nestas ruas.
Para piorar essa situação a maioria das ruas que são “revitalizadas”, ou seja, que são asfaltadas, não tem um projeto urbanístico, visando à arborização e o ajardinamento, apenas existe a preocupação da pavimentação, o que aumenta a temperatura ambiente e proporciona maior velocidade do deslocamento das águas, quando das enxurradas, pela impermeabilização total do solo, o que contribui para as inundações.
É ora de mudar este comportamento e investir em qualidade de vida. Queremos nossas cidades bem arborizadas e com vida. Isso é um direito de todos!
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