domingo, 17 de julho de 2011

Condutas paliativas


Se quisermos mudar alguma coisa na sociedade precisamos ser perseverantes.  Pois muito se anuncia e pouco se realiza por falta de continuidade no processo a qual endereçamos nosso objetivo. Parece moda divulgar uma atividade que tem como objetivo, por exemplo, uma campanha de conscientização da população, principalmente quando esse algo é de interesse comum. Há quem acredite que a realização de uma atividade paliativa como um pedágio com panfletagem seja o bastante para que alguém de uma hora para outra mude de atitude ou comportamento. Como propaganda para uma instituição que precisa se apresentar na ativa, até que pode dar certo temporariamente, mas para a continuidade de um trabalho para a qual ela se propõe o resultado é quase ou de todo nulo.
                Mas por que falo disso, amigo, amiga, leitora? É que tenho visto muitas campanhas envolvendo crianças, principalmente aproveitando um tema que está em voga, que é a da conscientização ambiental, para saírem em determinado local coletando o lixo jogado nas ruas  que os adultos mal educados atiram sem qualquer culpa. Seria muito mais produtivo se ao invés de se juntar o lixo, esses educadores conduzissem as crianças até as residências, comércio, indústrias e prestadores de serviço, para mostrar como estes fazem a destinação do lixo que produzem. Conversar com os proprietários para que estes colaborem como verdadeiros cidadãos e deixem de colocar o lixo na rua ou em terrenos baldios; que procurem a prefeitura para orientarem-se sobre como proceder para dar a destinação correta para o seu lixo produzido.
No entanto uma campanha neste sentido não pode ser de apenas um dia, pois conseqüentemente cairá logo, logo, no esquecimento e tudo voltará a situação anterior; mas precisa ter regular periodicidade, lembrando do ditado popular que água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.
Outro ponto importante é a implantação de um programa de coleta seletiva do lixo. Não adianta iniciar um projeto neste sentido, sem que haja um planejamento bem elaborado. É preciso ter um programa bem detalhado e uma infra-estrutura exclusiva para o projeto, pois do contrário não dará certo. Tudo que começa mal termina pior, além é obvio de se colher os resultados do descrédito e com justa razão pela população.
Todo e qualquer programa/projeto precisa existir garantias concretas em sua base organizacional de funcionalidade, principalmente no que tange a sua operacionalidade. Pois do contrário está fadado ao fracasso.

E-mail: aguapé.apa@gmail.com

domingo, 10 de julho de 2011

Responsabilidade ambiental

Com certeza o amigo ou a amiga leitora irá comentar: “eu já li sobre esse assunto nesta coluna”. Não deixará de ter certa razão, mas se recorrer às colunas anteriores verificará que estamos tratando do assunto com uma visão de um outro ângulo para relembrar a importância significativa que esse tema tem para a consciência para se buscar o equilíbrio ambiental.
A demarcação das áreas de proteção permanente e a sua proteção para que a vegetação nativa possa se recuperar, não é tanto mais importante do que a mudança de atitude que precisamos realizar em relação à natureza. Contudo, uma vez que quase todas essas áreas estão ocupadas por pastagens, culturas agrícolas e sob a pressão imobiliária, principalmente nas áreas urbanas, são urgentes uma tomada de ação legal para se fazer cumprir um direito que é coletivo e está muito acima da exploração e a ocupação ilegal das Áreas de Proteção Permanentes pelo interesse econômico individual.
Mas de quem é a responsabilidade de tomar tais providências e fazer com que se cumpra o que determina as leis?
Observa-se, no entanto, uma contradição. Os órgãos que tem por obrigação a fiscalização do cumprimento, como dever constitucional ou mesmo das legislações reguladoras, parecem estar sempre esperando serem provocados pelas organizações não governamentais para agir, caso contrário nada acontece. Isso se apresenta com uma sensação de que não atuam para evitar assumir os desgastes políticos ou então, não lidar com as pressões destes, nos casos onde a influencia política ou econômica pode atrapalhar a ascensão em posição de cargos públicos. Mas queremos não crer nessa hipótese, considerando o pouco ou quase nada de investimentos para estruturar esses órgãos com pessoal e meio material para que não exista a possibilidade de tais justificativas.
Apesar disso é nosso dever como cidadão colaborar para que se faça respeitar aquilo que é de direito de todos. Isso é uma obrigação ética e também moral, pois quem toma conhecimento das irregularidades degradantes do meio ambiente e se omite perde o direito de reivindicar para si e para os seus uma vida com qualidade e dignidade.

domingo, 3 de julho de 2011

Esperança: Que nunca te cales!

casa de campo/cabana/chalé Jarinu - quintal
Acredito que todos os pais e mães conscientes da importância da manutenção da Natureza como meio necessário para continuarmos vivendo, queiram deixar aos filhos e netos, uma sociedade mais justa e ambientalmente equilibrada. Penso que se assim não fosse não seriam eles bons pais e mães. Contudo, percebo o quanto são poucos esses pais e mães, pois a maioria deles são péssimos exemplos não só para os seus, mas para toda a comunidade de que fazem parte. Suas atitudes cotidianas perante a Natureza envergonham a todos aqueles que querem e buscam uma melhor qualidade de vida para a comunidade, o bairro e a cidade onde vivem.

            Nossas cidades, pela mesma falta de percepção de nossos governantes, também carecem de praças arborizadas para purificar o ar e diminuir o elevado calor do verão, além é claro, da produção do oxigênio para que possamos respirar e viver. Outro ponto relevante, como dizia meu pai, os arvoredos servem como “quebra vento”. Não era em vão, que nos tempos idos, todas as casas eram cercadas por um “arvoredo” basicamente constituído por árvores frutíferas, como a laranjeira, bergamoteiras, ameixeiras, goiabeiras dentre muitas outras espécies que além de produzir as frutas serviam como barreira natural contra os vendavais.

            Hoje, passamos principalmente no interior e observamos casas construídas em meio do nada. O nada que falo aqui é porque no entorno, bem próximo às residências estão às roças. Os arvoredos saíram de moda. Ocupavam lugar que hoje, podem ser produtivos. Quem quer consumir frutas, até mesmo, laranjas, e bergamotas, procuram-nas nos mercados, a final não precisamos mais ir até os pés para apanhá-las. Sê se colocam agrotóxicos naquelas as quais compramos nos mercados, não sabemos, mas isso também pouco importa, não é mesmo?

            Mas quando os vendavais tomam formas assustadoras e chicoteiam as já frágeis residências as pessoas ficam confusas e o pavor toma conta. As rezas são feitas para quase todos os santos e deuses segundo as suas confissões religiosas. Acreditam, ou devem acreditar que os eventos climáticos devem ser coisas do demônio, pois pedem em suas orações ardentes que os livrem do desastre eminente. Contudo se esquecem de que os eventos climáticos também fazem parte da vida sobre a Terra e que periodicamente cedo ou tarde tornarão a repetir-se com maior ou menor intensidade.

            Não existe efeito sem causa. Ninguém pode colher o que não plantou. Se semearmos coisas boas, havemos de colher os frutos do que semeamos. Qual pai que pedindo o filho um pedaço de pão para matar a fome lhe dê uma pedra? Mas o homem precisa compreender de vez que ele jamais poderá derrogar as leis da Natureza, que são as de Deus. Não o meu ou o seu deus, mas o verdadeiro, aquele que sempre existiu e que segundo os cientistas originou esse universo de milhares de galáxias através de um simples sopro a qual chamamos de “Big Bang”.

            Cuidar da Natureza, principalmente recuperá-la da destruição que nossos antepassados causaram inocentemente acreditando que era necessário destruir todas as matas para progredir, danificar ou usar erroneamente os cursos de água; dominar a Natureza. Foi um engano. Agora conscientes disso, somos os responsáveis pela recuperação do meio ambiente para fazermos da Terra um verdadeiro Éden. Tudo que precisamos fazer é acreditar e agir e nós podemos fazer isso. Deus nos deu inteligência para isso, basta agir para corrigirmos o nosso destino.