Condutas paliativas
Se quisermos mudar alguma coisa na sociedade precisamos ser perseverantes. Pois muito se anuncia e pouco se realiza por falta de continuidade no processo a qual endereçamos nosso objetivo. Parece moda divulgar uma atividade que tem como objetivo, por exemplo, uma campanha de conscientização da população, principalmente quando esse algo é de interesse comum. Há quem acredite que a realização de uma atividade paliativa como um pedágio com panfletagem seja o bastante para que alguém de uma hora para outra mude de atitude ou comportamento. Como propaganda para uma instituição que precisa se apresentar na ativa, até que pode dar certo temporariamente, mas para a continuidade de um trabalho para a qual ela se propõe o resultado é quase ou de todo nulo.
Mas por que falo disso, amigo, amiga, leitora? É que tenho visto muitas campanhas envolvendo crianças, principalmente aproveitando um tema que está em voga, que é a da conscientização ambiental, para saírem em determinado local coletando o lixo jogado nas ruas que os adultos mal educados atiram sem qualquer culpa. Seria muito mais produtivo se ao invés de se juntar o lixo, esses educadores conduzissem as crianças até as residências, comércio, indústrias e prestadores de serviço, para mostrar como estes fazem a destinação do lixo que produzem. Conversar com os proprietários para que estes colaborem como verdadeiros cidadãos e deixem de colocar o lixo na rua ou em terrenos baldios; que procurem a prefeitura para orientarem-se sobre como proceder para dar a destinação correta para o seu lixo produzido.
No entanto uma campanha neste sentido não pode ser de apenas um dia, pois conseqüentemente cairá logo, logo, no esquecimento e tudo voltará a situação anterior; mas precisa ter regular periodicidade, lembrando do ditado popular que água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.
Outro ponto importante é a implantação de um programa de coleta seletiva do lixo. Não adianta iniciar um projeto neste sentido, sem que haja um planejamento bem elaborado. É preciso ter um programa bem detalhado e uma infra-estrutura exclusiva para o projeto, pois do contrário não dará certo. Tudo que começa mal termina pior, além é obvio de se colher os resultados do descrédito e com justa razão pela população.
Todo e qualquer programa/projeto precisa existir garantias concretas em sua base organizacional de funcionalidade, principalmente no que tange a sua operacionalidade. Pois do contrário está fadado ao fracasso.
E-mail: aguapé.apa@gmail.com
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