Com certeza o amigo ou a amiga leitora irá comentar: “eu já li sobre esse assunto nesta coluna”. Não deixará de ter certa razão, mas se recorrer às colunas anteriores verificará que estamos tratando do assunto com uma visão de um outro ângulo para relembrar a importância significativa que esse tema tem para a consciência para se buscar o equilíbrio ambiental.
A demarcação das áreas de proteção permanente e a sua proteção para que a vegetação nativa possa se recuperar, não é tanto mais importante do que a mudança de atitude que precisamos realizar em relação à natureza. Contudo, uma vez que quase todas essas áreas estão ocupadas por pastagens, culturas agrícolas e sob a pressão imobiliária, principalmente nas áreas urbanas, são urgentes uma tomada de ação legal para se fazer cumprir um direito que é coletivo e está muito acima da exploração e a ocupação ilegal das Áreas de Proteção Permanentes pelo interesse econômico individual.
Mas de quem é a responsabilidade de tomar tais providências e fazer com que se cumpra o que determina as leis?
Observa-se, no entanto, uma contradição. Os órgãos que tem por obrigação a fiscalização do cumprimento, como dever constitucional ou mesmo das legislações reguladoras, parecem estar sempre esperando serem provocados pelas organizações não governamentais para agir, caso contrário nada acontece. Isso se apresenta com uma sensação de que não atuam para evitar assumir os desgastes políticos ou então, não lidar com as pressões destes, nos casos onde a influencia política ou econômica pode atrapalhar a ascensão em posição de cargos públicos. Mas queremos não crer nessa hipótese, considerando o pouco ou quase nada de investimentos para estruturar esses órgãos com pessoal e meio material para que não exista a possibilidade de tais justificativas.
Apesar disso é nosso dever como cidadão colaborar para que se faça respeitar aquilo que é de direito de todos. Isso é uma obrigação ética e também moral, pois quem toma conhecimento das irregularidades degradantes do meio ambiente e se omite perde o direito de reivindicar para si e para os seus uma vida com qualidade e dignidade.
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