A ciência é eficaz em qualquer situação de recuperação ambiental. Todavia há um empecilho que impede essa ação, principalmente quando a questão política e econômica de parte da sociedade vê esse obstáculo como um meio econômico e não aceita a mudança apresentada pela ciência.
Estou falando da Lagoa do Sombrio que em 1966, teve uma intervenção drástica por parte do governo(s) incluo aqui os locais de seu entorno que drenaram as duas maiores lagoas do extremo Sul Catarinense. Foram-se exatos 55 anos para que as aberturas dos canais levassem as lagoas do Sombrio e Caverá ao seu ponto mais crítico do ponto de vista da diminuição de profundidade e largura e com isso a drástica perda de volume de água.
Esse polígono de área antes alagada, em verde, na imagem, está atrás do Restaurante Gabiatti, nas Furnas. O cálculo dessa área corresponde a mais de 10 campos de futebol ou seja, 11,4 hectares, onde antes havia água e agora está somente em um banhado coberto por vegetação.
Também, fui contactado por pescadores da Barrinha pedindo ajuda o qual me mandou um vídeos onde dos bovinos estavam a 300 metros da costa, andando no meio da Lagoa do Sombrio. Prova consistente de que a profundidade média já chegou a menos de um metro.
Em minha caminhada mais presentes nas causas ambientais, participei como integrante e até presidente da ONG Aguapé. Fizemos audiência diversas com a comissão de turismo e meio ambiente da Alesc. Emfim foram muita conversa, visitas na intenção de dar um primeiro passo para a recuperação desses mananciais, mas as questões políticas e econômicas foram sempre um entrave.
As pessoas ainda me procuram buscando informações. Me penalizo por elas, mas hoje já não disponho mais de ferramentas para continuar lutando.
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