Nas análises documentais que tenho feito ao longo dos anos, agregando o empirismo nesta avaliação, é possível apontar com alta precisão que a Lagoa do Sombrio jamais poderá ser recuperada em
se quer um terço de sua forma original do que foi antes de 1966 .
O avanço constante da perda de seu volume de água está atrelado diretamente a pouca entrada de água pelos afluentes que a abastece, que são pequenos, limitados e altamente explorados pela irrigação agrícola, dessedentação humana, animal e a falta de fiscalização ambiental no controle do avanço imobiliário sobre sua cota sazonal mais alta e área de proteção ambiental.
Na outra ponta está a grande vazão. A volumosa saída de água que todos os dias descem pelo canal da barrinha.
Simplificando. O volume de água que abastece a lagoa é menor que o volume que sai, indo embora para o oceano.
Muitos não conseguem entender que não é toda a calha da lagoa que está dependente diretamente do nível do mar. Quando a porção sul é mantida pelo movimento das marés.
Não há dúvida que a maré alta faz salinizar a porção mais ao sul, mas em época de estiagem média o rebaixamento do nível das águas se torna insustentável pela quase nula entrada de água pelos servidores do Rio Caverá e da Laje e a constante descarga de grande volume de água pelo sangrador do canal da barrinha.
É importante destacar que o Rio da Laje deposita grandes concentrações de metais pesados e outros contaminantes com altos riscos à saúde humana, de animais, aves e peixes, que são diretamente despejados na lagoa. A situação não é pior devido a sua grande extensão e capacidade de aeração auxiliado pelos ventos constantes.
Esse manancial tem em si, dependendo do ponto de vista que se deseja ou do interesse que se tem referente ao seu uso, grandes conflitos de interesses que estão determinando sua morte em tempo recorde. Contudo, não vou levantar nesse momento tais questões.
Para concluir esse resumo a orientação que fica é que não é possível equilibrar esse ecossistema hídrico sem um estudo abrangente e atacar os problemas mais graves e localizados.
1. Limpar imediatamente a porção Norte.
3. Ampliar grandemente a coleta e tratamento do esgoto cloacal.
4. Realizar a recomposição das matas ciliares dos rios.
5. Incluir essa porção em um projeto de turismo ecológico para que os olhares se voltem para a importância da Lagoa do Sombrio, para o extremo sul catarinense.
6. Tratar com seriedade com projetos amplos para o controle da perda do volume e qualidade das águas e manejo dinâmico.
Em outros momentos estarei inserindo novos textos inerentes.
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