segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Estiagem de dezembro de 2021

 É sabido que as condições de equilíbrio ambiental do Rio da Laje, um dos principais afluentes da Lagoa do Sombrio, sempre esteve a quem da normalidade.

Desde a sua drenagem em 1966, sem a devida restauração da mata ciliar e com a urbanização crescente sem o tratamento de esgoto e com a utilização das suas águas, pouco volumosas, para atender a demanda da irrigação de arroz, a situação só se agrava a cada ano que passa.


A única solução para a recuperação será a aplicação de uma gestão ambiental eficiente o que implica em uma ação continuada, passando por um diagnóstico dos problemas. Empiricamente é possível conhecer soluções emergenciais, tais como a limpeza de sua calha, a recuperação total da sua mata ciliar, o controle do uso das águas e o tratamento do esgoto em todo o seu perímetro.

É notório a urgência da implantação da mata ciliar para mitigar o assoreamento da calha pela área de erodição. Mas também é preciso localizar suas nascentes e fazer o mesmo procedimento de recuperar a mata no entorno para que essas não morram e comprometam o volume normal do rio. Esse fato já é observado. O rio vem diminuindo seu volume ano a ano.

Um contraste que se observa e que agrava ainda mais a situação é quando das enxoradas, que estando o leito desprotegido e a calha assoreada o transbordamento das águas trazem toneladas de matéria orgânica para o rio. É bom lembrar que as fortes correntezas levam grande parte da matéria orgânica (inclui-se aí o lixo) as quais são depositadas na foz do rio que já está a centenas de metros do original a dentro da Lagoa do Sombrio. 

Os impactos não acontecem isolados. É preciso levar em consideração todos os aspectos antrópicos que afetam o equilíbrio ambiental do Rio da Laje.


 


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