Memorial da Família Collares

MEMORIAL DA FAMÍLIA COLARES/COLLARES


GENEALOGIA
    
     Através do documento óbito de Genuíno Ignácio Collares, o qual tenho tenho arquivado, prova que este é filho natural de Ignácio Collares e Generosa Barcellos de Oliveira e que Genuíno nasceu no ano de 1849, vindo para o distrito de Sombrio o qual casou-se com a Neta de João José de Guimarães, a saber Gertrudes Maria da Cunha, filha de Luiz Antônio da Cunha e de Alexandrina Monteiro de Guimarães, esta última, filha de João José de Guimarães. Vindo a falecer ao 70 anos em 1919.

    Não existe nenhum outro registro que ateste ter vindo para Sombrio, um outro Collares, ficando assim comprovado que todos os Colares/Collares de Santa Catarina são descendentes direto de Genoíno  Ignácio Collares e Gertrudes Maria da Cunha, um dos primeiros moradores da região onde hoje situa-se o Município de Sombrio.

    Genoíno e Gertrudes tiveram nove filhos, sendo cindo homens e quatro mulheres a saber:
    1. Luiz Antônio da Cunha Collares (não deixou família) 1873.
    2. Antonino da Cunha Collares - 1875
    3. Irineu da Cunha Collares - 1877
    4. José da Cunha Collares 
    5. Juvenil da Cunha Collares - 1889
    7. Docelyiria da Cunha Collares
    8. Júlia da Cunha Collares

    Estou buscando documentos para certificar a data de nascimento de seus descendentes e procurando fazer a ligação de todos os membros dessa grande família.




Esposa de Victorino D'Oliveira Colares
Bisneta de João José de Guimarães

Antonino de Guimarães Colares era Casado com Clotilde Estácio Pereira tiveram nove filhos. Ele faleceu aos 80 anos de idade e ela três anos depois com 76 anos.
Laura, Palmira e Lorena
Antonino de Guimarães Collares
Alistado no Ministério da Guerra em 1945
Tinha 20 anos nesta foto. Nasceu em 04 de Abril de 1925
Filho de Victorino de Oliveira Collares e Maria Rita de Guimarães
Neto de: Antonino da Cunha Collares e Maria Barcellos de Oliveira
Bisneto de: Genuino Ignácio Collares e Gertrudes Maria da Cunha
Trineto de: Francisco Ignácio Collares e Maria de Oliveira

Histórico

             Antonino de Guimarães Colares (Collares), nascido, filho de Victorino D’Oliveira Colares (Collares) e de Maria Rita de Guimarães neste distrito de Sombrio, Município de Araranguá, Estado de Santa Catarina, em 04 de abril de 1925.

            Ascendentes por parte de pai: Vô, Antonino da Cunha Collares (1875); Bisavô, Genoíno Ignácio Collares (1849) e Tataravô, Joaquim Ignácio Collares (1793).

            Ascendentes por parte de mãe: Pai, Pedro Profeta de Guimarães; Vô, Elias Monteiro de Guimarães; Bisvô, João José de Guimarães.

            Importante frisar os reencontros matrimoniais entre famílias relativamente próximas à época. Destacamos o ocorrido com Victorino D’Oliveira Colares (Collares) e Maria Rita de Guimarães.  Repetindo o feito de Genuíno Ignácio Collares e Gertrudes Maria da Cunha, neta de João José de Guimarães e filha do então vereador que representava os interesses do distrito de Sombrio junto Câmara de vereadores Municipal de Araranguá, a saber, Luiz Antônio da Cunha que tinha como esposa Marculina Monteiro de Guimarães, uma das filhas de João José de Guimarães.

            Mas quem era esse descendente direto dos Collares & Guimarães, as primeiras famílias a se estabelecerem nessas terras que hoje é o atual município de Sombrio?

            Antonino, embora as dificuldades de ter escolas por aqui à época, conseguiu aprender ler e escrever e usar a base da geometria e cálculo matemático. Trabalhou com seu irmão Ibraim, quando jovem, já confecção artesanal de telhas de barro branco, cujas formas de madeiras eram colocadas sobre uma das coxas e com as mãos distendiam o barro amassado espalhando por toda a forma até ficar prontas. Depois eram levadas com o caxilo até as grades par secar antes de serem levadas a queima junto ao forno.

            Assim foi até que devido a uma doença temporal, seu pai Victorino com penas 40 anos de idade veio a convalescer fortemente com uma febre vindo a perder a vida.

            Não se tem com clareza qual o destino que Maria Rita deu a olaria da família. Contudo Antonino e Ibraim foram para a lavoura. Antonino Aprendeu o ofício de pedreiro e mais habilmente o ofício da carpintaria. Construía todo o tipo de peças e engrenagens de madeiras para engenhos de farinha, de milho, de açúcar mascavo. Ou seja entendia um pouco de tudo e tudo o que fazia era tão bem estruturado que seu nome correra por toda a região. Nunca lhe faltou serviço nas áreas de carpintaria e de pedreiro.

            Em 1946, casou-se com Clotilde Pereira Colares, filha de Vitorvino Manoel Pereira e de Cristina Claudino de Jesus, ocorrido na Igreja Santo Antônio de Pádua, no distrito de Sombrio, Município de Araranguá. Do Casamento tiveram nove filhos: Maria Margarida Colares, Enor Pereira Colares, Darcí Pereira Colares (In Memorian), Antenor Pereira Colares, Maria Cristina Colares, Fátima Regina Colares (In Memorian), Carlo Tadeu Colares, Edimilson Pereira Colares e João Batista Colares. Todos atualmente residindo no Município de Sombrio, com predominância a comunidade de São Camilo.

             No de 1970, com a construção do Rodovia BR-101, tendo os engenheiros da empresa Rodo Férrea, não conseguido encontrar um maneira eficaz de resolver as constantes rachaduras nos fornos de aquecimento do petróleo bruto para transformar o piche em asfalto, procuraram Antonino, que orientou a mistura de determinada quantidade de açúcar a massa de argila. O fato chamou a atenção dos engenheiros que resolveram contratar o humilde pedreiro para trabalhar na manutenção dos fornos.

            Em 1973, a família se mudou do Morretinho e foi residir nas Furnas, atual São Camilo. O objetivo era ingressar na fumicultura em alta na época.

            Como não havia o fornecimento de energia elétrica àquela comunidade, Antonino reuniu seus primos e vizinhos para uma reunião junto a Cooperativa de Eletrificação Rural de Sombrio. Depois de muitas idas e vindas e a perspicácia  de Antonino que mantinha boas relações com o prefeito da época, senhor Arlindo Cunha, a tão sonhada energia elétrica chegava à comunidade.

            Na década de 80, Antonino preocupado com a educação das crianças, mas principalmente de adultos, cedeu o galpão da estufa de fumo para a professora Carolina Pereira de Vargas lecionar. Ainda nos dias atuais a professora conta muita emoção das conversas e dos cafés que tomava na casa do “seu Antonino”. no          intervalo das aulas.

            O Sonho da escola veio a se materializar em 1983, construída pelo então prefeito José João Scheffer com quem Antonino tinha bom relacionamento.

No ano de 1985, chegou até a comunidade de Furnas, as missões redentoristas. A primeira casa que hospedou o missionário lajeano, foi a de Antonino, que o recebeu com simplicidade e modéstia durante o período que lá esteve. Já na época havia uma pequena escolinha de ensino fundamental onde os encontros religiosos se realizavam.

É bom enfatizar que desde os tempos do prefeito José Tiscoski, Antonino já se preocupava com o nivelamento da estrada, que eram feitas por um trator agrícola com uma lâmina conectada na sua parte posterior. Talvez essa sua participação nas obras de interesse público tenha sido assimilada de seu pai, Victorino, que trabalhou na construção da primeira ponte sobre o Rio da Laje ligando Sombrio ao interior.

Após as missões a comunidade de Furnas foi batizada como São Camilo e mais uma vez, lá estava Antonino a lutar pela construção do Salão que abrigaria ao seu lado a Capela de São Camilo de Léllis.

A pessoa simples, mas perseverante em todos os assuntos ligados ao desenvolvimento da comunidade onde morava foi o grande legado desse homem que amou a comunidade onde viveu todos os seus 80 anos de vida. É bom lembrar, que até os seus 67 anos, ainda construía casas para os filhos. A última foi a do casula, João Batista. Todavia ainda mesmo abatido por um forte AVC, emocionado colocou os primeiros tijolos da atual capela São Camilo de Léllis.

Na parte cultural era um exímio tocador de violão, como seus ancestrais. Cantava o Terno de Reis, dançava o Rilo (dança de  tradição açoriana), brincava com os bichos do boi de mamão. Era habilidoso no uso do bodoque. Em fim esse era Antonino de Guimarães Colares, primo, parente de todos os Colares de Santa Catarina.



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